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domingo, 12 de janeiro de 2014

Danço conforme a música!


Danço conforme a música!

Hoje me recordo dos meus anos passados, daquele tempo em que eu conseguia demonstrar meus sentimentos e por conseqüência, me sentia mais leve e mais solta para expressá-los.

Era uma época em que tudo era mais fácil de ser entendido e compreendido.

Hoje, depois de tantos anos, percebo como a vida foi cruel comigo, pois, ela conseguiu me mudar por completo.

Tudo que vivi, todos os fatos que aconteceram, amores vividos pela metade, outros, apenas com intensidade, outros inesquecíveis e outros que nem me lembro mais.

Cada experiência, cada pedacinho de vida que eu vivi foram grandes experiências e não tenho dúvidas que essas experiências me fizeram a pessoa que sou hoje, não digo melhor do que antes, apenas, mais experiente.

O problema é que acabei me tornando uma pessoa fria, auto-suficiente até demais e ainda não descobri até que ponto isso é bom ou ruim.

Aos poucos, percebi que me tornei uma pedra por dentro e não importa o que digam ou façam, sei que hoje ninguém pode me segurar, sou dona de mim e das minhas decisões. Aprendi a me virar e viver sozinha.

Hoje as palavras calam meus sentimentos em uma vontade vä de serem ouvidas, mas, assim como podo meu jardim, podo minhas palavras para que elas não falem o que não deve ser dito.

Percebi ao longo desses anos que é mais fácil e mais seguro manter a pose, pois, as pessoas hoje não querem ser amadas e sim, apenas desejadas e foi dessa forma que aprendi a dançar conforme a música.

Por Alexandra Collazo

5 comentários:

  1. Sou dona de mim e da minhas decisões.... Impecável crônica, amiga linda talentosa!
    Sempre nos brindando com encantamentos de frases que te instigam a repensar a vida.
    Parabéns!
    Bjins literários,
    Simone Guerra

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    1. Si, querida amiga do peito e da alma...

      Obrigada pelos comentários!

      Beijos!

      Alexandra Collazo.

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  2. Parece mentira. Aos 72 anos, ainda não me encontrei. Verdade, a gente se torna mais fria. Será que não será aí, nessa encruzilhada que me perdi, e nem procuro me encontrar. Vou vagando pelos desertos dessa vida. Vou chegando e partindo. Daqui da minha janela vou observando os passantes. São muio singulares e únicos. Mas uma escritora daqui me surpreende muito. Cautelosa. Ela sonega. Sim, sonega-se. Ela costuma dizer, vou postar, porque não entendi. Ora, se posta é porque entende. Não gosto de curtir gente assim: é como ela me dissesse, te segura, te guarda, nós outros pensamos diferentes... Ok então por que eu vou esclarecer o que ela não entendeu e nem interesse tem de entender. Passo. Adelante. O próximo poderá me encantar, essa boba que sou.

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  3. Com essa sua crônica, parei e escutei, Aprendi um pouco: de mim e do outro. Somos aprendizes. És sábia e desenvolta e não machuca, Seria uma psicóloga e tanto. Das dores da alma. Encontrarei o remédio.

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    1. Boa noite, Ligia! Como vai?

      Perdão pela demora em responde-la, mas, acho que meu blog está com problemas, não recebi sua notificação no meu e-mail.

      Adorei seu comentário e agradeço muito por ter lido e apreciado a crônica. É uma crônica especial para mim!

      Seja sempre bem vinda por aqui quando quiser.

      Um grande beijo!

      Alexandra Collazo

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